quarta-feira, 27 de abril de 2016

Evento Teste de Ginástica - Visão do Expectador

Estive na Arena HSBC, Rio de Janeiro, para o evento teste da ginástica artística, visando os Jogos Olímpicos do Rio em agosto. Todas as opiniões citadas nesse post são de minha inteira responsabilidade, e inclusive, as mesmas dadas numa pesquisa de opinião solicitada pelo próprio comitê organizador.

A viagem

Estava hospedado  no bairro de Botafogo. Nos dois dias de competição, optei pelo uso do transporte público (o próprio evento recomendava, pois não seria disponibilizado estacionamento no local).
No sábado (16/04), peguei o ônibus Central - Alvorada. Ônibus bastante confortável, com ar condicionado. Mas foi demorado. O trajeto contemplava Copacabana, Jardim Botânico, Avenida Lucio Costa e Avenida das Américas. Foram quase 1h30 de viagem. Uma explicação para a demora seja justamente as obras que ocorrem nesse percurso. Claramente muita coisa ainda precisa ser concluída para os Jogos.
Chegando ao Terminal Alvorada, fiz a baldeação para o BRT - Madureira (Expresso). Esse BRT é muito interessante. Foram aproximadamente 10 minutos até a parada Rio 2, praticamente em frente ao Parque Olímpico. A opção expresso para apenas em algumas estações, enquanto a versão parador em todos os pontos.
Descendo no ponto Rio 2, uma pequena caminhada de aproximadamente 500 metros e já estava no local da competição.

O Local

Um ponto negativo é a pouca arborização do local. Eram 3 da tarde e claro, fazia muito calor. Nenhuma sombra. Mas dentro da Arena, ar-condicionado e muito conforto, tanto na área de competições,quanto nos banheiros, acessos (com rampas que facilitam a acessibilidade).

Ingressos

Comprei o ingresso com antecedência(pela internet). Nem foi necessário imprimi-lo, pois com um aplicativo de celular era possível entrar. Algumas pessoas podiam imprimi-lo numa bilheteria localizada ao lado da entrada. Ou comprá-los no hora do evento.

Tudo muito rápido e surpreendentemente, sem filas. Como já estava com o ingresso no celular, me dirigi automaticamente para a barreira de revista.

Segurança

Desde o portão, notei a presença da força nacional de segurança. De maneira ostensiva, mas não intimidadora. Algumas viaturas circulavam pela região. E seguranças particulares também.

Na revista, o de praxe: detector de metais, uma fila para quem tinha bolsas e outra para quem não tinha. Entrei em 5 minutos, sem sustos.

Não era permitido entrar com alimentos (uma lista enorme de itens não era permitido). Mas um item autorizado me chamou atenção: garrafas transparentes de plástico. Dentro da Arena, haviam bebedouros e todos podiam abastecer suas garrafas. Ponto importante, porque além do calor, nas lanchonetes da Arena uma garrafa d’água custava R$ 6,00.

Preços

Preços na lanchonete
O susto com preços foi grande. Já esperava preços acima do normal, mas R$ 10,00 num refrigerante de 600ml me pareceu bem caro (no supermercado, uma garrafa de 2 litros custava R$ 5,59). Um cachorro quente custava R$ 13,00. Optei pelo açaí, que saiu o pote pequeno por R$ 12,00 (açaí excelente, diga-se de passagem). Um salgado custava R$ 10,00 (beeeem salgado). Um Cheeseburguer duplo custava R$ 18,00!

Na lojinha oficial, os preços também estavam próximos da loja oficial virtual. Mas, durante o meu período de observação, permaneceu boa parte do tempo sem filas.





Atrativos

Uma das maiores atrações era uma réplica da tocha olímpica presente na Arena. As pessoas eram incentivadas (e até auxiliadas pelas promotoras) a tirar fotos. Com certeza um dos pontos altos da experiência do evento teste (confesso que eu mesmo, tirei várias fotos).



Competição



Ao entrar para ver a disputa, um visão belíssima da área de competição. Mesmo estando na parte superior, era possível ver tudo com muita nitidez. Os lugares eram marcados, mas não foi problema, pois haviam lugares sobrando. Todos se acomodaram e assistiram a competição num clima de tranquilidade. Sempre com muita alegria e empolgação para os atletas da casa.





Vista da área de competição


Vídeo da apresentação de Arthur Zanetti

Volta

Ao voltar para Botafogo, por sugestão de um amigo, resolvi fazer um caminho alternativo. Ao invés de simplesmente fazer o mesmo caminho da ida para a volta, optei por pegar o BRT na mesmo ponto (Rio 2) da chegada. Porém, segui sentido Fundão (também expresso) e desci na Estação Vicente de Carvalho, que tem conexão com uma estação de Metrô. No metrô, segui até a estação Estácio, fiz baldeação e desci na estação Flamengo.

Todas as pernas das baldeações foram pagas.

Dia 2

No domingo, já escaldado pelo dia anterior, decidi fazer o caminho da volta da competição de sábado: Metrô até Vicente de Carvalho, BRT até Rio 2. Foi bem mais rápido e confortável. A mesma agilidade na entrada, na fila de revista (nesse dia estava com uma mochila, minuciosamente vasculhada).

Esse dia reservava a participação das meninas brasileiras que buscavam a classificação olímpica. Classificação garantida (primeiro lugar, com nota que seria suficiente para estar entre as 4 melhores do mundo no último Campeonato Mundial). Mas esse domingo também reservava a votação na Câmara dos Deputados pelo Impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. Problemas na locomoção em virtude dos protestos poderiam atrapalhar o evento. Mas não foi o que aconteceu, tudo transcorreu com absoluta tranquilidade.
Ao contrário do dia anterior, não era possível permanecer na arena depois do horário do seu ingresso. Nesse dia em especial, era um ingresso para cada sessão (4 no total). Nos outros dias, você comprava o ingresso para o dia todo, podendo sair da arena e retornar quantas vezes quisesse.
A volta também foi tranquila.

Menção honrosa: Voluntários

Uma pequena homenagem: sobrou dedicação e entusiasmo dos voluntários. Em nenhum momento, nenhum torcedor ficou desamparado. Todos muito preparados, educados e informados. Simpáticos e com um grande sorriso no rosto por fazer parte daquele grande evento. Das poucas ocorrências, agiram com muita rapidez. Nota 10. Talvez seja a menor das preocupações para os Jogos. Todos estarão lá e serão fundamentais para o desenrolar da competição.

Visão final

Como teste, foi aprovado com louvor e sobras!  Aqueles ajustes finais para se aproximem da perfeição realmente passam:

  • Pela melhoria do transporte: A evolução do sistema de transporte é visível, mas nos Jogos será fundamental o funcionamento próximo da perfeição.

  • Pela revisão dos preços: o Brasil e o mundo não estão jogando dinheiro fora. Sabemos que o lucro é importante preocupação dos patrocinadores, mas um pequeno ajuste deixará os preços mais convidativos. Menor o preço, muito maior o consumo.

  • Mais áreas arborizadas. Apesar da temperatura mais amena em Agosto/Setembro, árvores e sombra nunca são demais!

Agradecimento: Gerson Junior, por ceder a foto dos preços da lanchonete

terça-feira, 26 de abril de 2016

Ricardo Prado - PitacoCast

O ex-nadador e medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984) Ricardo Prado, conversou com nosso blog durante o Open de Natação Paralímpica, realizado no mesmo local em que ocorrerão as provas de natação nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Ricardo trabalha hoje no Comitê Rio-2016, na função de Gerente de Esportes Aquáticos. Entre os assuntos, a experiência do evento teste e as perspectivas para os Jogos, que ocorrerão entre agosto e setembro de 2016.


Clique abaixo para ouvir :


segunda-feira, 25 de abril de 2016

Conhecendo o Parque Olímpico

Bom dia, Boa tarde, Boa noite Pitaqueiros!


Estive no Parque Olímpico.Pisei naquele solo sagrado que em Agosto e Setembro, será o palco dos tão esperados Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

Fiz um vídeo para mostrar um pouco da situação atual das obras, dos ajustes finais e de como está ficando tudo muito bonito!

Vejam e aproveitem sem moderação <3


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Centro Olímpico de Natação - Fotos









Vídeo 1 - 100m Livres Feminino


Prova Final dos 100 m Livre - Classe S5

Ouro - Maria Teresa Perales (ESP)
Prata - Joana Neves (BRA)
Bronze - Susana Schnarndof (BRA)


Open de Natação Paralímpica


Começa hoje, no Centro Aquático Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o Open Caixa de Natação Paralímpica.

Atletas de 19 países, além dos multicampeões brasileiros, disputarão a prova, que também servirá como seletiva olímpica.

Destaque para os nadadores André Brasil e Daniel Dias, além das campeãs mundiais Joana Neves e Susana Schnarndof.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Porque, porquê, por que e por quê?


Em 2016, o Brasil entrará definitivamente no mapa olímpico. O Rio de Janeiro será a primeira cidade sul-americana a receber a maior competição esportiva do mundo. Esse singelo texto tenta explicar o porquê desse meu inexplicável gosto pelos Jogos Olímpicos. Jogos esse, que farão parte a partir de agora da rotina desse blog.
O esporte faz parte da minha vida, oficialmente, desde 1992. Nasci em 1983. Muito pequeno para ver Los Angeles-1984. Muito pequeno para as madrugadas de Seul-1988. Barcelona não. Saia da escola e corria para ver as modalidades que passavam na TV. Pequenas lembranças me emocionam, como por exemplo, a vitória da Espanha sobre o Brasil no Basquete Masculino (por um único ponto). Ou da jornalista Valéria Monteiro que participava das transmissões. Da decepção do Gustavo Borges que perdeu uma medalha. Da felicidade quando ela foi, justamente, devolvida. Da alegria quando vi que o Brasil tinha vencido o ouro no vôlei masculino, e que isso representaria mais doze medalhas para o país. A decepção de saber que, na verdade, foi apenas uma, porque o vôlei (como todos os esportes coletivos) só contava uma medalha...
Mas o motivo por que Barcelona-1992 entrou na minha vida definitivamente, foi muito mais por causa de outra paixão da época. Acreditem, Barcelona me chamou atenção por outras razões.
Sempre gostei de estudar. Estou na escola desde os dois anos de idade. Ir à escola sempre foi um evento. E lá descobri a minha disciplina favorita: a Geografia.
Alguém me disse que seria legal assistir à Cerimônia de Abertura de 1992. Eram os nomes dos países, das bandeiras. Nem pensei. Peguei um caderno velho e comecei a anotar os nomes. Desenhava as bandeiras de maneira corrida. Corrida como era a entrada dos atletas no estádio olímpico. Nem todas as bandeiras eram possíveis de desenhar. Algumas muito difíceis. Outras confesso que não vi.
Mas os nomes, todos. Como entender o tal de Unified Team (Comunidade dos Estados Independentes)? A União Soviética não está participando por quê? Ué, mas não eram duas Alemanhas? (Caro leitor, o ano era 1992, outros tempos, não havia internet, eu tinha 9 anos, não me cobrem conceitos sobre a queda do muro de Berlim, pfvr).
Mas a festa foi linda. Colorida. Azul, muito azul.
E veio o ouro do Rogério Sampaio no judô. E veio o Ouro no vôlei masculino, num domingo de manhã. Chovia. Frio. Eu de cobertor deitado no chão. Depois disso, minha vida virou ciclos de quatro anos. Atlanta, Sydney, Atenas, Pequim, Londres e Rio.

Tenho mais Jogos Olímpicos na vida que muito atleta.