Em 2016, o
Brasil entrará definitivamente no mapa olímpico. O Rio de Janeiro será a
primeira cidade sul-americana a receber a maior competição esportiva do mundo.
Esse singelo texto tenta explicar o porquê desse meu inexplicável gosto pelos
Jogos Olímpicos. Jogos esse, que farão parte a partir de agora da rotina desse
blog.
O esporte faz parte da minha
vida, oficialmente, desde 1992. Nasci em 1983. Muito pequeno para ver Los
Angeles-1984. Muito pequeno para as madrugadas de Seul-1988. Barcelona não.
Saia da escola e corria para ver as modalidades que passavam na TV. Pequenas
lembranças me emocionam, como por exemplo, a vitória da Espanha sobre o Brasil
no Basquete Masculino (por um único ponto). Ou da jornalista Valéria Monteiro
que participava das transmissões. Da decepção do Gustavo Borges que perdeu uma
medalha. Da felicidade quando ela foi, justamente, devolvida. Da alegria quando
vi que o Brasil tinha vencido o ouro no vôlei masculino, e que isso representaria
mais doze medalhas para o país. A decepção de saber que, na verdade, foi apenas
uma, porque o vôlei (como todos os esportes coletivos) só contava uma
medalha...
Mas o motivo por que
Barcelona-1992 entrou na minha vida definitivamente, foi muito mais por causa
de outra paixão da época. Acreditem, Barcelona me chamou atenção por outras
razões.
Sempre gostei de estudar. Estou
na escola desde os dois anos de idade. Ir à escola sempre foi um evento. E lá
descobri a minha disciplina favorita: a Geografia.
Alguém me disse que seria legal
assistir à Cerimônia de Abertura de 1992. Eram os nomes dos países, das
bandeiras. Nem pensei. Peguei um caderno velho e comecei a anotar os nomes.
Desenhava as bandeiras de maneira corrida. Corrida como era a entrada dos
atletas no estádio olímpico. Nem todas as bandeiras eram possíveis de desenhar.
Algumas muito difíceis. Outras confesso que não vi.
Mas os nomes, todos. Como
entender o tal de Unified Team (Comunidade dos Estados Independentes)? A União
Soviética não está participando por quê? Ué, mas não eram duas Alemanhas? (Caro
leitor, o ano era 1992, outros tempos, não havia internet, eu tinha 9 anos, não
me cobrem conceitos sobre a queda do muro de Berlim, pfvr).
Mas a festa foi linda. Colorida.
Azul, muito azul.
E veio o ouro do Rogério Sampaio
no judô. E veio o Ouro no vôlei masculino, num domingo de manhã. Chovia. Frio.
Eu de cobertor deitado no chão. Depois disso, minha vida virou ciclos de quatro
anos. Atlanta, Sydney, Atenas, Pequim, Londres e Rio.
Tenho mais Jogos Olímpicos na
vida que muito atleta.
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