quarta-feira, 10 de julho de 2013

ATÉ LOGO BRASIL...

(fonte:esporte.uol.com.br)
Quando se bateu o martelo na venda de Neymar para o Barcelona, comecei a fazer uma profunda reflexão sobre como o nosso futebol vai se tornando mais a cara do nosso país. Desde a invasão portuguesa (digo invasão porque acho que não houve conquista, pois aqui já habitavam os povos originários da America e estes foram escravizados e perderam suas terras e que até hoje vivem isolados da população, com seus direitos restritos), o país se tornou um exportador de matéria-prima. Esta matéria era vendida de forma barata da colônia para a metrópole e voltava muito mais cara como produto finalizado e assim é até os dias de hoje. Bom o que este papo tem haver com o futebol? TUDO. Por quê?
                Hoje o nosso futebol nada mais é do que um exportador de matéria-prima. Neymar foi vendido por pouco mais de 40 milhões de euros, sendo o maior craque de nossa Seleção no momento. E menos de uma semana depois, Fernandinho, jogador comum que nunca foi sequer convocado pra seleção teve seu direitos comprados pelo Manchester City junto ao Shaktar Donetsk por 60 milhões de euros, ou seja, o jogador que no mundo de hoje também é um mero produto saí do Brasil, dito “país do futebol” valendo o mínimo possível e na Europa além de aprender a jogar de verdade, ele ainda passa a ser supervalorizado. Ou alguém acha que assim que vestiu a camisa do Barcelona, Neymar continua valendo os pouco mais de 40 milhões de euros que foi pago ao Santos?
(Fonte:alosertao.com.br)
                Mas o maior reflexo disto é que estamos exportando estes jogadores cada vez mais cedo e, como são de fato grandes jogadores, eles acabam sendo convocados para a Seleção, esta que perde cada vez mais a cara de seu povo, de sua torcida. A maior prova disto foi a torcida gaúcha pedindo a entrada de Fernando, hoje já ex- jogador do Grêmio, no amistoso da Seleção contra a França em Porto Alegre. As torcidas dos clubes estavam ansiosas por ver os jogadores de seus times brilhando também com a camisa da seleção, recheada de jogadores que nunca brilharam em nossos gramados como Hulk, Luiz Gustavo, Dante, Filipe Luiz, David Luiz e Daniel Alves (que ninguém praticamente lembra de sua única temporada vestindo a camisa do Bahia).

                Pena. Com o passar do tempo a este processo só vai piorando. Logo teremos uma seleção onde os jogadores só desfilarão por aqui nos jogos de categoria de base e assim que completarem 18 anos vão para a Europa para depois vestirem a camisa da seleção sem nenhuma identificação com a sua torcida.
Claudio Leonel

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